Lendas urbanas, mitos urbanos ou lendas contemporâneas são pequenas histórias de caráter fabuloso ou sensacionalista, amplamente divulgadas de forma oral, por e-mails ou pela imprensa e que constituem um tipo de folclore moderno. São frequentemente narradas como sendo fatos acontecidos a um "amigo de um amigo" ou de conhecimento público.
Muitas delas já são bastante antigas, tendo sofrido apenas pequenas alterações ao longo dos anos. Muitas foram mesmo traduzidas e incorporadas a outras culturas. É o caso, por exemplo, da história da loira do banheiro, lenda urbana brasileira que fala sobre o fantasma de uma garota jovem de pele muito branca e cabelos loiros que costuma ser avistada em banheiros, local onde teria se suicidado ou, em outras versões, sido assassinada.
Outras dessas histórias têm origem mais recente, como as que dão conta de homens seduzidos e drogados em espaços de diversão noturna que, ao acordarem no dia seguinte, descobrem que tiveram um de seus rins cirurgicamente extraído por uma quadrilha especializada na venda de órgãos humanos para transplante.
Muitas das lendas urbanas são, em sua origem, baseadas em fatos reais (ou preocupações legítimas), mas geralmente acabam distorcidas ao longo do tempo. Com o advento da Internet, muitas lendas passaram a ecoar de maneira tão intensa que se tornaram praticamente universais.
Origens
O termo "lenda urbana" aparece em impressos pelo menos desde 1968. Jan Harold Brunvand, professor de inglês da Universidade de Utah, introduziu o termo ao público em geral através de uma série de livros publicados a partir de 1981. Brunvand usou sua coletânea de lendas, The Vanishing Hitchhiker: American Urban Legends & Their Meanings, para enfatizar dois pontos: primeiro, que lendas e folclores não acontecem exclusivamente nas chamadas sociedades primitivas ou tradicionais e, segundo, que pode-se aprender bastante sobre as culturas moderna e urbana ao estudar tais lendas. Desde então Brunvard publicou uma série de livros similares, sendo creditado como o primeiro a usar o termo "vetor" (inspirado no conceito de vetores biológicos) para descrever o indivíduo que ajuda a propapagar uma lenda urbana.
Características
Suas características principais seriam:
- Uma forma narrativa (geralmente uma pequena história, porém bem estruturada);
- Procura sempre se autenticar por meio de testemunhas e provas supostamente existentes;
- As pessoas que as contam geralmente às ouviram de alguém e quando repassam a história costumam confirmá-la como se tivesse sido vivida por ela mesma.
Exemplos de lendas urbanas
Monstros
A lenda do Monstro do lago Ness fala que no Lago Ness, na Escócia, existe um monstro no formato de serpente gigante, sendo que a teoria mais aceita é de que se trate de um exemplar remanescente de uma espécie de Plesiossauro.
Já a lenda do Pé-grande relata a existência de um macaco gigante de cor negra que pesa mais de 225 quilogramas e habita áreas próximas a costa noroeste do pacífico, na América do Norte.
Criaturas
Existem diversas lendas sobre seres e criaturas como o Spring Heeled Jack, um personagem do folclore inglês que seria capaz de saltar extremamente alto. Já a lenda da Maria Sangrenta (Bloody Mary), fala que se você chamá-la três ou mais vezes num banheiro com as luzes apagadas, ela lhe cegará.Uma lenda feita para assombrar crianças é a do Velho do Saco, na qual um velho ou um cigano aparece quando uma criança vai brincar sozinha na rua e então a sequestra.
A lenda da Gangue do Palhaço começou quando um jornal lançou uma série sobre crimes, e citou um palhaço americano que nos anos 60 assassinava crianças. Então começou a ser passada adiante a lenda de que um palhaço de Osasco roubava órgãos em uma Kombi azul.
Já a do Demônio de Jersey diz que quando uma mulher, muito provavelmente Deborah Smith, deu à luz seu 13º filho, ela invocou o diabo, transformando a criança em uma criatura demoníaca e voadora, representada na ilustração à direita. Há também a mais famosa dela a do Capeta do Vilarinho.
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